Monday, September 22, 2008

Edir Macedo diz em livro como pretende tomar o poder e chama hebreus do Velho Testamento de “cristãos” - Blog do Reinaldo Azevedo - 21/09/08

Por Tatiana Farah, no Globo. Comento depois:
Deus tem um plano político para os fiéis da Igreja Universal do Reino de Deus (Iurd) e para os evangélicos que sejam seus aliados: governar o Brasil, segundo as palavras do bispo Edir Macedo, fundador e chefe da Igreja Universal, no livro “Plano de poder”,
lançado a duas semanas das eleições. A partir de uma leitura política do Antigo Testamento, Macedo incita os evangélicos à mobilização partidária, seguindo o “projeto de nação” que Deus teria sonhado para os hebreus, que ele chama de cristãos. O livro tem co-autoria de Carlos Oliveira, diretor-presidente do jornal Hoje em Dia, de Minas Gerais.
“Tudo é uma questão de engajamento, consenso e mobilização dos evangélicos. Nunca, em nenhum tempo da história do evangelho no Brasil, foi tão oportuno como agora chamá-los de forma incisiva a participar da política nacional”, escreve Macedo, estimando em 40 milhões a comunidade de evangélicos do país: “A potencialidade numérica dos evangélicos como eleitores pode decidir qualquer pleito eletivo, tanto no Legislativo quanto no Executivo, em qualquer escalão: o municipal, o estadual e o federal.
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Comento
Este senhor poderia estar dizendo a maluquice que lhe desse na telha, não tivesse ele emissoras de TV que são concessões públicas, conquistadas em razão de sua proximidade com o poder, qualquer que seja o poder. O partido que ele inventou tem, formalmente ao menos, o vice-presidente da República.

Macedo é um espanto. Quando a Bíblia que ele diz seguir ao pé da letra não justifica a sua tese, então ele a reescreve ao seu alvedrio. Inventou, em livro anterior, que o Eclesiastes autoriza o aborto. É mentira! No de agora, segundo a reportagem, chama os judeus do Velho Testamento de “cristãos”, o que é uma revolução e tanto. Teria, então, o judaísmo sido extinto sem que ninguém fosse nem mesmo alertado? A rigor, parece, nunca existiu. A Lei Mosaica, para o autoproclamado "bispo", tudo indica, já era cristã. Sempre pensei, ingênuo, que o cristianismo é que guardava a influência da Lei Mosaica.

Não, eu não tenho qualquer receio dos delírios de poder de Edir Macedo. A tunda que seu candidato, o tal “bispo” senador Crivella, levará no Rio, mesmo contando com o apoio do presidente da República e do vice, demonstra que as coisas não são assim tão simples. Meu ponto é outro: como foi que o Brasil pariu tal gente?



Por Reinaldo Azevedo

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