Monday, March 26, 2007

LESÃO CEREBRAL OU CULTURA DA SEM-VERGONHICE - Do site www.diegocasagrande.com.br em 23/03/07

por Maria Lucia Victor Barbosa, socióloga

Atualmente algumas pessoas que se envergonham de serem brasileiras, perguntam: “Será que nosso povo perdeu a vergonha, pois acha natural tudo o que esse governo faz e ainda o reelege” Bem, isto faz parte de uma longa história, a nossa história, e seria necessário escrever um “Tratado de Sociologia da Sem-vergonhice” para formular resposta adequada. Em todo caso, tentarei dá-la, ainda que de modo bastante resumido. Começo lembrando uma interpretação biológica baseada em leitura da Folha de S.Paulo, de 22/03/07. Segundo o jornal, neurocientistas pesquisaram e levantaram a hipótese de que existe uma parte específica do cérebro, (córtex prefrontal ventromedial) onde se alojam emoções, e que parece ser crítica para certos aspectos da moralidade. As pesquisas feitas com grupos de pacientes que apresentavam lesão nessa região cerebral mostraram que eles exibiam menos empatia, compaixão, culpa, vergonha e arrependimento.Se analisarmos o governo que aí está notaremos que nunca dantes nesse país, autoridades, que deveriam dar bom exemplo, tiveram tão pouca empatia ou compaixão com relação ao povo. Vimos idosos de noventa anos ou mais em filas para provar que estavam vivos. A Saúde é um descalabro e nos atendimentos do SUS se observa a crueldade dispensada aos doentes. A violência vai vitimando, inclusive, crianças como João Hélio que foi morto barbaramente no país da impunidade e da indiferença dos governantes para com a dor alheia. Rebaixaram os rendimentos da poupança para premiar os grandes investidores, prejudicando os menores. O FGTS poderá ser afetado do mesmo modo e o trabalhador, que sempre votou no Partido dos Trabalhadores, vai perder renda se perder da inflação. O apagão aéreo parece divertir o governo que nega a crise, enquanto o presidente da República finge que está tomando providências. A lista de maldades é vasta, sendo impossível enumerá-las todas em curto artigo.Quanto aos sentimentos de culpa, vergonha e arrependimento inexistem. O presidente da República nada sabe, nada vê, se permite brincadeiras grosseiras como a do ponto G e deixa a vida levá-lo, que a vida dos poderosos é doce e boa. José Dirceu faz festa de aniversário, recebe Delúbio, “os quarenta” e muitos mais. Dizem que o ex-guerrilheiro é consultor regiamente pago em moldes capitalistas, não ficando claro que tipo de consultoria ele dá. Pode-se apenas imaginar. Não se sabe se seu fiel auxiliar, Waldomiro Diniz, ou o gerente do PT, Marcos Valério, estavam presentes à festança. Mas, se não estavam, devem continuar festejando por aí, enquanto no Congresso mensaleiros e sanguessugas voltaram e tiveram seu contingente ampliado. É como se dissessem: Se o Executivo mandar, faremos todos. Quanto à maioria dos brasileiros, se fosse estudada pelos neurocientistas provavelmente seria apontada como portadora da tal lesão cerebral. Mas, como penso que as teorias sobre o cérebro ainda engatinham nos caminhos da ciência, prefiro a opinião de Michael Koenigs que afirmou: “a reação da maquinaria emocional com respeito a questões morais é sem dúvida moldada por forças culturais”.Em se tratando de cultura entendida como o complexo de valores, comportamentos e atitudes de uma dada sociedade, é válido afirmar que desde tempos coloniais fomos dúbios em questão morais. Individualistas por excelência. Preferimos nossa adorável bagunça à organização das associações baseadas em trabalho competente. Buscamos privilégios sem merecê-los. De nossas matrizes étnicas herdamos o culto ao ócio abençoado, o jeitinho, a festa, o atraso. E pesou sobre nós a Igreja da Contra-Reforma e da Inquisição.Hoje em dia continuamos a viver atrás de facilidades preferivelmente alcançadas por esperteza ou doação de alguma autoridade paternal. Não temos de modo geral o sentido de conquista no tocante ao esforço pessoal, não nos faltando, porém, a capacidade predatória. Não sabemos exercer o poder, mas tão-somente nos beneficiar do poder. Simulamos democracia, mas somos autoritários. Preferimos sempre culpar alguém ou algo para nos eximirmos de nossas responsabilidades. Somos ufanistas com relação à nossa cultura da malandragem e da sem-vergonhice.Recentemente chegamos ao fundo do poço. A ausência total de valores estimula a mentira e a corrupção. O mínimo de moralidade pública e privada foi corroída no país onde todos são “heróis”. Será que o povo brasileiro sofre de lesão cerebral? Não creio, pois isto nos eximiria de qualquer responsabilidade. Prefiro dizer que levamos ao paroxismo a cultura da sem-vergonhice, consentida e consciente, aquela que as mais altas autoridades esbanjam como patrimônio nacional. Na pátria de Macunaíma quem rouba, faz. Quem mata tem seus direito humanos preservados. Afinal, somos todos éticos e “não existe pecado do lado de baixo do Equador”. Não há do que se queixar.

Thursday, March 15, 2007

UMA ESCOLHA MINISTERIAL EXTREMAMENTE GRAVE! DZERZHINSKI, BERIA, HIMMLER, HEYDRICH, HEINRICH MULLER, TARSO GENRO! - Ex bolg Cesar Maia de 14/03/07

01. Hindenburg e as demais forças políticas alemãs convergentes se dobraram ao partido nacional socialista -nazi- e aceitaram uma coalizão majoritária com Hitler como chanceler (primeiro ministro). A 30 de janeiro de 1933, jurou perante o Reichstag. A composição do governo surpreendeu a seus aliados. Hitler não quis saber do ministério da economia, nem das forças armadas naquele momento. Queria o controle da Polícia. A partir desta foi controlando o próprio Estado por dentro, investigando, reprimindo e eliminando seus opositores. Construiu a Geheime Staatspolizei -conhecida resumidamente como Gestapo- sua polícia secreta, sem farda, que atuou com o poder de uma força armada paralela, sem limites. Inicialmente dirigida por Himmler, e em seguida por Heydrich a partir de 1936 e por Muller em 1939, impôs o terror de Estado a seus adversários políticos e aos que perseguia, usando a eliminação física como penalidade banal.
02. Uma vez no poder a fins de 1917 os bolcheviques organizaram o exército vermelho sob o comando de Trotsky. Para isso chamaram de volta vários oficiais do exército do Czar, especialistas em organização militar. Mas a Polícia deveria ser uma força pura composta exclusivamente de militantes comunistas treinados e automaticamente leais às ordens recebidas. Assim foi criada a Cheka -comissariado extraordinário para o combate à contra-revolução e a sabotagem. Foi sucedida pela GPU -administração política do Estado- e pela KGB que aos moldes da Gestapo e sob o comando de Beria, impôs o terror de Estado e a eliminação física de seus adversários dentro e fora do partido, na lógica estalinista.
03. Para construir e dirigir a Cheka foi chamado Félix Edmundovich Dzerzhinski, polonês de nascimento membro do partido na Lituânia e um dos fundadores do Partido na Polônia em 1900 e que foi transferido ao Partido Bolchevique em 1917, assim que foi solto de uma condenação a prisão de cinco anos. Lenin se referia a Dzerzhisnki como "herói, revolucionário profissional comunista e destacada personalidade do Partido Comunista e do Estado Soviético". Sua importância pode ser medida pela recente inauguração de seu busto por Putin em novembro de 2005.
04. A entrega por Lula da Polícia Federal a um militante partidário como Tarso Genro é fato de extrema gravidade. Será entregar os arquivos, as investigações e a ação da Polícia Federal a um militante político-ideológico que não terá limites para levar as informações para o setor de inteligência do PT, que ficou a descoberto nas eleições de 2006. Que não terá limites em direcionar as operações da Polícia Federal no sentido de seus adversários políticos. Que assombrará as empresas com essa possibilidade tornando os pedidos de financiamento do Partido como ordens implícitas. Que entrará inevitavelmente na vida privada de seus adversários através dos grampos -ditos autorizados. Que trará os meios de comunicação sob o risco de suas operações.
05. Essa decisão equivale potencialmente ao que ocorreu na Alemanha Nazi e na Rússia Bolchevique. Será transformar a Polícia Federal -de fato- num braço da Gestapo, da KGB petista. Nunca em tempos democráticos os governos brasileiros ousaram tanto. Nunca na história política do Brasil em tempos de democracia -desde o Império- se designa para chefiar o ministério da justiça e portanto a Polícia, um militante partidário ideológico. A vocação autoritária de Lula-PT crescentemente nítida se torna agora transparente e translúcida. Que os partidos políticos e os lideres sociais, sindicais e empresariais que não rezam na cartilha petista se cuidem, pois vem aí a Cheka brasileira. Tarso Genro: Lenin, Coração e Mente! Não se trata de crítica, mas de uma publicação sua. Quem viver, verá!
06. A tempo! Entre 14/11/2001 e 3/4/2002 um antigo militante no partido do governo ocupou o ministério da justiça. Foi o suficiente para uma central de grampos cercar a candidata a presidente que se igualava nas pesquisas a Lula. Um dinheiro caixa 2 foi localizado e a candidatura dela desmontada. Coincidência? Reforça a lógica descrita acima? E foram só 4 meses no ministério.

Sunday, March 11, 2007

Visita de Bush - Do Blog Prosa&Política de 10/03/07

O New Idiota
Por Adauto Medeiros, engenheiro civil e empresário.
http://www.pep-home.blogspot.com/



Luciana Genro (PSOL/RS) - declarou em alto e bom som: “George Bush senhor da opressão dos povos latino-americanos, não é bem vindo”. Essa afirmação dita pela passagem do presidente americano pelo país, tinha que partir de político jovem e acima de tudo pautado no medo que a esquerda sempre teve de fazer uma avaliação da realidade econômica e principalmente em se tratando de uma política jovem de classe média que pode freqüentar a universidade e pegou uma gonorréia juvenil, ma que apesar das várias evidências como a queda do muro de Berlim ainda não se vacinou com a penicilina ideológica, claro, como diz Roberto Campos no prefácio do livro “Manual do perfeito idiota latino americano”.
Luciana Genro, no entanto, esqueceu dos 27 Bancos estaduais que quebraram pela má administração estatal, esqueceu as 27 companhias de eletricidade que só serviam aos funcionários e aos políticos como ela, cujo maior sonho é ser “empresário estatal”, uma vez que não precisa de competência, talento e dinheiro. São empresários sem risco que não precisam empreender e trabalhar; ela esqueceu as 27 empresas telefônicas dos estados que nós, usuários, precisávamos pagar por um telefone, antecipadamente, e esperar três anos para recebê-lo. O governo federal (no governo Lula) investiu 84 bilhões de reais em infra-estrutura, enquanto a telefonia privada já investiu 160 bilhões de reais desde a privatização. Isso mostra

Mas não foram os americanos que encheram as assembléias e o Congresso de funcionários fantasmas e desviaram o dinheiro dos investimentos produtivos. Ao contrário, foram eles que deram a siderúrgica de Volta Redonda toda montada (em acordo entre Roosevelt e Getúlio Vargas, feito inclusive em Natal/RN) e sem ela jamais poderíamos termos nos industrializados. Não foram os americanos que quebraram a Embraer que quando foi vendida fabricava 4 aviões por ano e hoje (depois de privatizada) é a 3º companhia de aviação do mundo. Não foram os americanos que criaram uma oligarquia empresarial, trabalhando, produzindo sem concorrência, nem uma burocracia sufocante cobrando impostos, nem clientelismo político, nem centrais sindicais fazendo acordos salariais incômodos para o contribuinte e nem a burocracia paranóica e corrupta.
Não foi os americanos que fizeram o Brasil ser o último país a libertar os escravos, aliás, quem libertou a nossa escravidão foram os ingleses para vender suas máquinas; a princesa Isabel apenas levou a culpa. Não foram os americanos que impediram a revolução industrial e nem a tecnológica em nosso país. Devemos reconhecer que até hoje os problemas se arrastam, mas não há convergência política porque somos um país autoritário e a nossa classe dominante foi e continua sendo a pior que pode existir. Veja a segurança pública. Nossa cultura é a do estado perfeito que através dos tempos só tem servido aos poderosos da vez como é o caso da nossa deputada.
Talvez a solução fosse o governo criar uma estatal só para a nobre deputada ter o maior prazer da vida em gastar o dinheiro dos outros como faz no Congresso. E esta potencia que tem um PIB de 13 trilhões de dólares que são os EUA não foi feito com empresas estatais, e sim com a iniciativa privada, a única capaz de gerar riqueza e não déficits como o nosso. Só mesmo o idiota latino americano pode pensar assim, principalmente os que continuam colocando a sua incompetência e suas frustrações nos outros.
Por outro lado, as riquezas naturais do Brasil são petróleo, que é explorado por uma estatal há mais de 50 anos, o minério de ferro que era explorada por uma estatal, a Vale do Rio Doce e que hoje é privada e comandada por empresários brasileiros; a mata amazônica que quem está derrubando são brasileiros e não americanos, e que no dia em que os países ricos deixarem de comprar nossos produtos, nós não vamos comprar nem uma cibalena por que não temos tecnologia para fazer nada. Resta a pergunta: os americanos estão roubando de nós o quê? Eu gostaria muito é que eles tivessem levado para muito longe a incompetência brasileira. Mas isso, infelizmente eles também não fizeram.
adautomedeiros@bol.com.br