Monday, January 12, 2009

AMORIM, O PATÉTICO - Blog do Reinaldo Azevedo - 12/01/2009

Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, é certamente a figura mais patética que já ocupou a cadeira de titular do Itamaraty. O gigante fez Lula acreditar que entende perfeitamente como funciona o mundo. O ministro fez parecer ao Apedeuta que os conflitos internacionais são como uma partida entre o Corinthians e o Palmeiras ou como uma negociação entre sindicalistas e empresas. Amorim — e, pois, o Brasil — foi derrotado em todos, rigorosamente todos, os embates internacionais em que se meteu. Querem um resumo dos desastres?

NOME PARA A OMC
- Amorim tentou emplacar Luís Felipe de Seixas Corrêa na Organização Mundial do Comércio em 2005. Perdeu. Sabem qual foi o único país latino-americano que votou no Brasil? O Panamá!!!
NOME PARA O BID
- Também em 2005, o Brasil tentou emplacar João Sayad na presidência do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento). Deu errado outra vez. Dos nove membros, só quatro votaram no Brasil — do Mercosul, apenas um: a Argentina.
ONU
- O Brasil tenta, como obsessão, a ampliação (e uma vaga permanente) do Conselho de Segurança da ONU. Quem não quer? Parte da resistência ativa à pretensão está justamente no continente: México, Argentina e, por motivos óbvios e justificados, a Colômbia.
DITADURAS ÁRABES
- Sob o reinado dos trapalhões do Itamaraty, Lula fez um périplo pelas ditaduras árabes do Oriente Médio. O Babalorixá deixou de visitar a única democracia da região: Israel.
CÚPULA DE ANÕES
- Em maio de 2005, no extremo da ridicularia, o Brasil realizou a cúpula América do Sul-Países Árabes. Era Lula estreando como rival de George W. Bush, se é que vocês me entendem. Falando a um bando de ditadores, alguns deles financiadores do terrorismo, o Apedeuta celebrou o exercício de democracia e de tolerância...
ISRAEL E SUDÃO
- A política externa brasileira tem sido de um ridículo sem fim. Em 2006, país votou contra Israel no Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas, no ano anterior, negara-se a condenar o governo do Sudão por proteger uma milícia genocida, que praticou os massacres de Darfur. Por que o Brasil quer tanto uma vaga no Conselho de Segurança da ONU? Que senso tão atilado de justiça exibe para fazer tal pleito?
FARC
O Brasil, na prática, declara a sua neutralidade na luta entre o governo constitucional da Colômbia e os terroristas da Farc. Já escrevi muito a respeito do assunto.
RODADA DOHA
O Itamaraty fez o Brasil apostar tudo na Rodada Doha, que foi para o vinagre. Quando viu tudo desmoronar, Amorim não teve dúvida: atacou os Estados Unidos.

E hoje?
E onde está agora o gigante Celso Amorim? Leiam trecho do que está na Folha Online:

O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, pediu nesta segunda-feira um cessar-fogo urgente na faixa de Gaza e expressou a solidariedade do Brasil com o povo palestino, durante uma reunião com o premiê palestino, Salam Fayyad, em Ramallah, Cisjordânia. "A tarefa mais urgente neste momentos é obter um cessar-fogo", afirmou Amorim, no 17º dia consecutivo da grande ofensiva militar israelense contra alvos do movimento islâmico radical Hamas na faixa de Gaza, que já deixou mais de 890 palestinos mortos.
O ministro defendeu ainda a aplicação da resolução aprovada na quinta-feira passada (8) pelo Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas) que pede o cessar-fogo imediato e a abertura das passagens de fronteira para enviar ajuda humanitária aos cerca de 1,5 milhão de palestinos que vivem no território.
Amorim está no Oriente Médio para contribuir na mediação internacional no conflito que, até o momento, falhou em alcançar um acordo entre Israel e Hamas. O governo israelense adiou nesta segunda-feira a visita ao Cairo, Egito, para discutir o cessar-fogo e argumentam que o Hamas está enfraquecido e o objetivo da ofensiva --encerrar os ataques de foguetes do grupo contra Israel-- está próximo de ser alcançado.
"O Brasil quer manifestar seu sentimento de solidariedade com os palestinos, porque são os que mais estão sofrendo nesta guerra, e estimular os esforços internacionais para alcançar a paz", afirmou.
O chanceler, que mais cedo havia se reunido com o colega palestino, Raid Malik, insistiu na iniciativa do Brasil de organizar uma conferência multilateral para abordar o conflito israelense-palestino em seu conjunto, ao fim da guerra na faixa de Gaza.
"O Brasil é favorável à continuidade do processo de Annapolis", disse, em referência à reunião na cidade americana em novembro de 2007, que marcou a retomada das negociações de paz entre israelenses e palestinos, com a meta de criar um Estado palestino.
No entanto, Amorim também defendeu uma "conferência de alto perfil político" que dê um novo estímulo ao processo de paz.

Israel
O chanceler iniciou a viagem neste domingo (11) em Damasco, onde se reuniu com o presidente sírio Bashar al Assad e seu colega Walid Muallem. No mesmo dia se encontrou em Jerusalém com a chanceler israelense, Tzipi Livni.
A breve conversa entre Amorim e Livni ocorreu na chancelaria israelense, em Jerusalém, pouco após a chegada do ministro brasileiro de Damasco, onde esteve com o presidente da Síria, Bashar Assad. O Itamaraty diz que o objetivo da viagem é "apoiar os esforços para um cessar-fogo imediato, o alívio da situação humanitária e o estabelecimento de uma paz duradoura na região".
Depois do encontro com Livni, Amorim limitou-se a fazer um rápido pronunciamento. "Evidentemente que há diferenças de avaliação da situação, com relação a como o lado humanitário e o político se contrabalançam", disse. Nesta terça-feira (13), ele viajará para a Jordânia para um encontro com o rei Abdullah 2º e participar na cerimônia de entrega de 14 toneladas de ajuda humanitária que o Brasil doará aos palestinos da faixa de Gaza.

Retomando
Amorim cobre a diplomacia brasileira de vergonha. Isso que o país está praticando não é independência, mas delinqüência política pura e simples. Vejam o óbvio: não foi só Israel que rejeitou a resolução do Conselho de Segurança da ONU. O Hamas também a rechaçou. Logo, o Itamaraty não pode, a um só tempo, expressar a sua solidariedade aos palestinos, censurar Israel e defender a aplicação da resolução das Nações Unidas. É só uma questão de lógica do processo.

Também nos cobre de vergonha a pretensão de que o Brasil tenha a resposta para tão intrincado conflito quando sabemos que países com muito mais recursos e muito mais inserção na região não conseguiram chegar a uma resposta. Ou será que Brasília tem mais a dizer — e a oferecer — do que Washington. Mais: como o Brasil pode mediar o que quer que seja se não cansa de deixar clara sua posição hostil a Israel? “Ah, e os EUA, não são hostis aos palestinos?” Não! São hostis ao terrorismo, o que é coisa muito diferente — terrorismo que o Itamaraty não censura e considera parte do processo. Bem, dizer o quê? Até a imprensa outrora considerada conservadora passou a adular a “legitimidade” do Hamas, não é mesmo?

Se vocês pesquisarem na Internet, verão que setores do jornalismo pátrio já chegaram a considerar o Itamaraty a melhor área do governo... Chega a ser melancólico. Atribui-se a Lula (e a Amorim) o supostamente fantástico desempenho do Brasil no comércio internacional. Há propaganda oficial a respeito. É... Como escrevi aqui no dia 18 do mês, passado, “da formidável jornada de Lula no que pretendem seja a nova política externa brasileira, já podemos colher alguns resultados. Quando o Apedeuta assumiu, o país respondia por 1,1% do comércio mundial. Antes da crise, já estava em 1,1%... Antes de ele assumir, o Brasil guardava prudente distância de ditadores de qualquer viés. Hoje em dia, avançamos muito: já aprendemos a tratar bem os ditadores e candidatos a tanto. Um avanço espetacular.”
Por Reinaldo Azevedo

1 comment:

Anonymous said...

Gostaria de saber oficialmente o que este governo petista tem a dizer do governo do Mugabe. Ja tenho a plena certeza de que tambem este desposta assassino e ditador africano é um dos idolos da politica externa do governo analfabeto do sr Lula da Silva. É totalmente imbecil, com ministro incopententes tirados nao sei de onde sei saber como ser ou estar perante outros países civilizados. O escandalo com acidente tragico do brasileiro em Londres que não passou de um acidente e não de um acto racista como quis o governo petista transformar foi a gota da de agua e depois veio o balde quando o ignobil do Amorim respaldado pelo analfabeto do Lula colocou a boca no trombone dizendo que iria levar a Suíça ate o tribunal da ONU por racismo no caso da pernambucana desonesta que se automutilou e mentiu dizendo que foram skinheads suíços, foi uma grande vergonha o modo como este ministrinho de assuntos exteriores cuidou do assunto, é mesmo um grande imbecil como todos os outros lacaios do Lula.