Thursday, November 15, 2007

Comuno-fascistóides 1 – Presidente petista o Ipea promove expurgos - Blog do Reinaldo Azevedo - 15/11/07

Por Guilherme Barros, na Folha desta sexta. Volto depois:
Quatro pesquisadores independentes e considerados não alinhados ao atual pensamento econômico do governo foram afastados nesta semana do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), no Rio, pela nova direção do instituto, vinculado ao Núcleo de Assuntos Estratégicos, comandado por Roberto Mangabeira Unger. São eles: Fabio Giambiagi, Otávio Tourinho, Gervásio Rezende e Regis Bonelli. Os dois primeiros, que estavam cedidos pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), foram informados de que seus convênios não seriam renovados no vencimento, em dezembro. Já para os outros dois, que estão no Ipea há 40 anos e faziam trabalhos regulares para o instituto, a alegação foi a de que eles já estavam aposentados.
Procurados pela Folha, por meio de suas assessoria de imprensa, os economistas Marcio Pochmann, presidente do Ipea, e João Sicsú, diretor de Estudos Macroeconômicos do órgão, considerada a mais importante posição do instituto, e que fica instalada no Rio, não se pronunciaram. A assessoria da Ipea confirmou a saída dos quatro pesquisadores, mas deu motivos diferentes dos que foram apurados pela Folha. (...) O ex-deputado Delfim Netto, que comandou a economia no período de 1979 a 1985, durante o regime militar, chegando a ser chamado de superministro, lamentou e criticou a saída dos quatro pesquisados do Ipea. Delfim foi até chamado por Pochmann -e aceitou- para assumir o cargo de conselheiro do Ipea. "Tenho esses profissionais [os quatro pesquisadores afastados] em alta conta. São economistas dedicados à pesquisa, com boa formação acadêmica e trabalhos relevantes prestados à economia brasileira", afirmou o ex-deputado.Assinante lê mais aqui

Voltei
Pochmann foi secretário de Trabalho de Marta Suplicy. Na pasta, produzia mais pesquisas furadas do que Lula produz sandices. É um marqueteiro de mão cheia. Tanto que virou um dos principais fornecedores de estatísticas para Eremildo, o Idiota. E, assim, acabou ganhando a injustificada fama de economista sério.A sua obra mais notável até hoje foi uma pesquisa produzida em 2002 — ele na prefeitura petista, e o governo, é claro, era o de FHC — em que demonstrava, com base em vários dados (sim, sim, claro...) que o Brasil era o segundo país NO MUNDO em número absoluto de desempregados. Isto mesmo que vocês entenderam: o valente fez um ranking de desempregados que considerava OS NÚMEROS ABSOLUTOS NO PLANETA. Segundo Pochmann, Banânia só perdia para a Índia...Não! Ele não excluía de seu levantamento nem mesmo os 25% da humanidade da China. Pochmann foi o primeiro economista a obter dados confiáveis sobre emprego no gigante comunista. Conseguiu atravessar também o cipoal de castas, religiões e culturas na Índia para medir com precisão o que nem o governo daquele país se atreveria a dizer: quantos são os desempregados. Com um pouco mais de senso de oportunidade, teria provado que o Brasil é tão injusto, mas tão injusto, que tem mais milionários do que o milionário Principado de Mônaco...Deram-lhe trela. Ele virou notícia de jornal. Mais: a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, a sempre petralha SBPC, achou seu estudo tão bacana, que o mantém em seu site (aqui). Esse cara é hoje o chefão do Ipea.

Tá com medinho, 13?
Curioso Pochmann não falar com a imprensa, justo ele, não é mesmo? Até chegar ao Ipea, ela era a sua principal parceira. Na hora em que tem de dar explicações, foge. A verdade é esta: começou a fase de caça às bruxas, o comuno-fascismo light à moda petista. Vejam o caso dos dois economistas que estavam no órgão há 40 anos. Resistiram à ditadura, à redemocratização, a Collor, a Itamar e a FHC. Mas sucumbiram diante da democracia popular petista.É uma vergonha, um escárnio. Tudo muito próprio de quem assumiu a direção do instituto defendendo o aumento de gastos públicos e a contratação de mais servidores — afinal, ele se quer um “desenvolvimentista”. Conheço economistas, alguns do PT. Não há um único, unzinho só que seja, que o leve a sério. Só jornalistas lhe deram bola. Mas, como se vê, ele não está lá para produzir estudos. Sua função é fazer a depuração ideológica. E, para realizar o serviço sujo, nada como um burocrata medíocre.
Por Reinaldo Azevedo

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