Vejam vocês.
A economia brasileira cresce 5% ao ano, e Lula chuta o traseiro do Judiciário e do Legislativo com aquela sua sem-cerimônia de sempre, como se estivesse numa mesa de boteco, numa rodada de truco, com o cotovelo apoiado no balcão, friccionando, volta e meia, a Nederland, um palito preso entre os dentes, cuspindo, de vez em quando, à distância, dando uma pinguinha pro santo.
Essa vulgaridade toda dá nojo. Recende ao mundo-cão da democracia. Isso nada tem a ver com a cultura operária, não, senhores! É depredação da institucionalidade. Só isso.
Imaginem se o país crescesse a taxas de 11% a 13% ao ano, como aconteceu durante a ditadura militar... O que ele não faria? Já teria proposto, quem sabe?, o paredão democrático. Ou um novo AI-5.
Amanhã, aguardem para ver, aparecerão os tocadores de tuba para garantir que isso não tem a menor importância; que há gente querendo magnificar o problema; que, se Lula é assim, as oposições, o Congresso e o Judiciário não são muito melhores. Como se o chefe do estado e do governo não ocupasse uma posição ímpar nisso tudo.
Lula não reconhece o valor da democracia, não. Embora ela lhe tenha franqueado o poder, ele, com efeito, a detesta. Revelou isso há dois dias, não foi? “Se eu pudesse, resolveria tudo por decreto”. Vai na frase uma confissão: “Eu, Apedeutakoba, acho que decreto é que resolve”. A exemplo dos decretos-lei da ditadura.
O sujeito entrou na política na vigência da ditadura. Seu sonho, como se vê, não era acabar com ela, mas substituí-la. Ainda não pode. Na sua fantasia, um dia chega lá.
Por Reinaldo Azevedo
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